ARTE DO ACASO OU NECESSIDADE
Como era toda a temática do bunho, também para esta pergunta não existem registos que nos permita responder. Pensa-se no entanto que o primeiro objecto surgiu por necessidade.
Devido ás suas qualidades de macieza e resistência, o bunho aparece desde á muito tempo, ligado á "feitura" de esteiras, utilizadas como colchão. Era o seu uso vulgar, sobretudo nas regiões agricolamente mais desenvolvidas. Acompanhando as deslocações dos trabalhadores, ou sendo fornecidas pelo proprietário da fazenda, as esteiras revelavam-se de uso pratico e económico.
Serviu também o bunho para cobrir ou formar cabanas e ainda para cobrir salinas.
Devido ás suas qualidades de macieza e resistência, o bunho aparece desde á muito tempo, ligado á "feitura" de esteiras, utilizadas como colchão. Era o seu uso vulgar, sobretudo nas regiões agricolamente mais desenvolvidas. Acompanhando as deslocações dos trabalhadores, ou sendo fornecidas pelo proprietário da fazenda, as esteiras revelavam-se de uso pratico e económico.
Serviu também o bunho para cobrir ou formar cabanas e ainda para cobrir salinas.
SURGIMENTOS-MITOS E REALIDADES
O Sr. Matías Domingos é actualmente o único artesão que trabalha o bunho, no concelho de Santarém. Natural do Secorio, o Sr. Domingos recebeu do pai a herança do mobiliário de bunho.
"O pai do meu bisavô, ainda criança, guardando gado nos campos próximos da margem do Tejo, começou por fazer rodelas de bunho muito imperfeitas. Quando regressava das terras, trazia-as enfiadas num pau. Negociava então com as muiheres da aldeia que lhe oferciam meio tostão por cada uma, para comprar tremoços. Começou então a aperfeiçoar a rodela, transmitindo os conhecimentos adquiridos, aos seus descendentes."
Hoje o Sr . Matias Domingos é o único desta família de bunheiros, a difundir os conhecimentos deste oficio.
Esta é a versão do Sr. Matias . Sabe-se no entanto que os Avieiros (pescadores do distrito de Aveiro), que se deslocavam ao Tejo para pescar, também já possuíam conhecimentos sobre o bunho. Terá sido, a arte do bunho no concelho de Santarém, uma arte do acaso? Terá tido esta arte influencias dos Avieiros?
A verdade é que neste concelho, só esta familia manteve a funcionar até ao momento, a indústria do bunho.
O BUNHO O QUE É?
A SUA EXISTENCIA NO CONCELHO DE SANTAREM
"O bunho ou buinha, é uma planta herbácea, da família das ciperáceas que se distingue das outras do mesmo género por ser uma planta vivaz. robusta, de caules solitários, roliços, muito compressiveis, de folhas inferiores reduzidas a bainhas e as superiores com limbo curto e assoveJado, espiguetas em antela e flores com perianto for mado de sedas, igualando ou excedendo o aquenio na fortificação.
É espontânea em Portugal, é frequente nos pântanos e ribeiros sobretudo do centro e sul do país, sendo impossível o seu transplante e sementeira."
E utilizado nas salinas.(Aveiro), para tapar as medas de sal protegendo-as contra a chuva.
Depois de seco e preparado, tem a sua aplicação na industria artesanal: fabrico de esteiras, mobiliário e objectos decorativos.
É espontânea em Portugal, é frequente nos pântanos e ribeiros sobretudo do centro e sul do país, sendo impossível o seu transplante e sementeira."
E utilizado nas salinas.(Aveiro), para tapar as medas de sal protegendo-as contra a chuva.
Depois de seco e preparado, tem a sua aplicação na industria artesanal: fabrico de esteiras, mobiliário e objectos decorativos.
INTRUDOÇÃO
Numa sociedade em mudança, o papel do novo artesão e, desenvolver artes quase milenares, criando novas formas, novos modelos. Ensaiando novas tecno^ logias, novos materiais e novos equipamentos que permitam a síntese entre o saber tradicional e as novas criações.
O artesanato e um estilo de vida, uma maneira diferente de intervir no desenvolvimento da vida local. Integra num todo global, o aspecto cultural (rural e hurbano), económico e social (poten^ ciando e mobilizando recursos humanos e materiais). Tudo isto aliado a uma produção criativa.
O artesanato e um estilo de vida, uma maneira diferente de intervir no desenvolvimento da vida local. Integra num todo global, o aspecto cultural (rural e hurbano), económico e social (poten^ ciando e mobilizando recursos humanos e materiais). Tudo isto aliado a uma produção criativa.