A APANHA
É geralmente no mês de Junho que o bunho é ceifado com foices ou gadanhas, por homens e mulheres sempre com água abaixo do nível do joelho.
Puxa-se depois pelas pontas para o separar de outras plantas que crescem junto deste. Espalha-se em forma de leque para possibilitar a sua secagem. Passados alguns dias volta-se para secar do lado contrário. E escolhido e atado em molhos. Encontra-se pronto para ser utilizado pelos artesãos.
- o bunho encontra-se pronto para ser trabalhado; http://fnaviladoconde.blogspot.com/
Puxa-se depois pelas pontas para o separar de outras plantas que crescem junto deste. Espalha-se em forma de leque para possibilitar a sua secagem. Passados alguns dias volta-se para secar do lado contrário. E escolhido e atado em molhos. Encontra-se pronto para ser utilizado pelos artesãos.
- o bunho encontra-se pronto para ser trabalhado; http://fnaviladoconde.blogspot.com/
O ARTESÃO
Diz-nos o Sr. Matias Domingos, que crianças guardando gado próximo de terrenos pantanosos, começaram por brincadeira, envolvendo "mãos-cheias" de bunho com astes do mesmo. Formaram assim feitas rodelas. Aos poucos foi-se descobrindo novas e aperfeiçoadas utilidades para esta descoberta popular. A rodela foi trabalhada e deu origem ao tanho, banco simples e confortável.
É com base no tanho que se constrói a maioria das peças de mobiliário de bunho conhecidas até hoje. Pelo mesmo processo, envolvendo astes de bunho ern torno de "mãos-cheias" do mesmo e rematando com o nó de bunheiro conseguem-se outras formas, sempre possíveis de se modificarem.Ao artesão cabe assim aproveitar a perfeita moldagem e a ampla resistência que o bunho oferece, criando assim peças que para além do seu lado utilitário, nos oferecem ainda, o artesanato maispuro e mais rico. http://artesanatomadeirabunho.blogspot.com/
É com base no tanho que se constrói a maioria das peças de mobiliário de bunho conhecidas até hoje. Pelo mesmo processo, envolvendo astes de bunho ern torno de "mãos-cheias" do mesmo e rematando com o nó de bunheiro conseguem-se outras formas, sempre possíveis de se modificarem.Ao artesão cabe assim aproveitar a perfeita moldagem e a ampla resistência que o bunho oferece, criando assim peças que para além do seu lado utilitário, nos oferecem ainda, o artesanato maispuro e mais rico. http://artesanatomadeirabunho.blogspot.com/
ARTE DO ACASO OU NECESSIDADE
Como era toda a temática do bunho, também para esta pergunta não existem registos que nos permita responder. Pensa-se no entanto que o primeiro objecto surgiu por necessidade.
Devido ás suas qualidades de macieza e resistência, o bunho aparece desde á muito tempo, ligado á "feitura" de esteiras, utilizadas como colchão. Era o seu uso vulgar, sobretudo nas regiões agricolamente mais desenvolvidas. Acompanhando as deslocações dos trabalhadores, ou sendo fornecidas pelo proprietário da fazenda, as esteiras revelavam-se de uso pratico e económico.
Serviu também o bunho para cobrir ou formar cabanas e ainda para cobrir salinas.
Devido ás suas qualidades de macieza e resistência, o bunho aparece desde á muito tempo, ligado á "feitura" de esteiras, utilizadas como colchão. Era o seu uso vulgar, sobretudo nas regiões agricolamente mais desenvolvidas. Acompanhando as deslocações dos trabalhadores, ou sendo fornecidas pelo proprietário da fazenda, as esteiras revelavam-se de uso pratico e económico.
Serviu também o bunho para cobrir ou formar cabanas e ainda para cobrir salinas.
SURGIMENTOS-MITOS E REALIDADES
O Sr. Matías Domingos é actualmente o único artesão que trabalha o bunho, no concelho de Santarém. Natural do Secorio, o Sr. Domingos recebeu do pai a herança do mobiliário de bunho.
"O pai do meu bisavô, ainda criança, guardando gado nos campos próximos da margem do Tejo, começou por fazer rodelas de bunho muito imperfeitas. Quando regressava das terras, trazia-as enfiadas num pau. Negociava então com as muiheres da aldeia que lhe oferciam meio tostão por cada uma, para comprar tremoços. Começou então a aperfeiçoar a rodela, transmitindo os conhecimentos adquiridos, aos seus descendentes."
Hoje o Sr . Matias Domingos é o único desta família de bunheiros, a difundir os conhecimentos deste oficio.
Esta é a versão do Sr. Matias . Sabe-se no entanto que os Avieiros (pescadores do distrito de Aveiro), que se deslocavam ao Tejo para pescar, também já possuíam conhecimentos sobre o bunho. Terá sido, a arte do bunho no concelho de Santarém, uma arte do acaso? Terá tido esta arte influencias dos Avieiros?
A verdade é que neste concelho, só esta familia manteve a funcionar até ao momento, a indústria do bunho.
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